A motivação é um aspecto intrigante quando pensamos em validar (ou dispensar) um indivíduo. Por exemplo, o borrego manso do PSD, notório arrivista, ao fantasiar (digamos assim) dados do seu percurso curricular num tempo de acesso fácil ao mais ínfimo e sórdido detalhe, põe a sua cabeça no cepo. Quem quer os laranjas mantidos no chão da sua peçonha ainda a tresandar, agradece. Quem pratica o ofício do humorismo, regozija-se. Quem se preocupa com o valor dos animais políticos, entristece-se. Por estes e por outros, se ensombra qualquer alma hoje dedicada com honestidade ao ofício mais nobre da civilização, a Política.
Hoje, para que se saiba sem intermediários, juntei oficialmente os trapinhos com a única força política viril, diria mesmo entumescida, na qual leio, vejo, oiço e sinto capacidades frontais e acções consistentes onde habitem as palavras liberdade, coragem, frontalidade e integridade. Não me movem o oportunismo, a avença, a agremiação de mais leitores. Não tenho aspirações a grande mufti ou a discursar perante tribunas de plebeus sanguinários.
Agrada-me doravante ser chamado Camarada Salazar, erguer os copos com um líder assertivo de nome de índio, ter na linhagem de fundadores um escritor, artista e pensador dos mais combativos e brilhantes que o país conheceu e seguir uma tradição antiga, onde o mote sem dogma é trabalhar para o bem comum e não para o benefício de alguns.
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