A todos os instantes, somos confrontados com acções e reacções. O FB, e a opinião pública vulgarizada nas ditas redes sociais, trouxe um dado novo: a prática do julgamento, muitas vezes irreflectido, sumário, encarniçado e boçal, pois não há crivo auto-censor, e a censura é limitada à pornografia (se fôssemos lidos e editados e censurados perdia a piada).
Se pensarmos antes de dizer ou escrever, arredados do calor do pensamento contagiado, em protesto que resvala para a infâmia, seremos decerto mais justos. Em todas as nações há maus, e bons. Em todos os lugares.
Criticar e denunciar práticas atentatórias do respeito pelo outro, como é o caso Bolsonaro ou para sermos mais chegados, os aproveitamentos pessoais em nome de um clube, de Bruno de Carvalho, é apenas uma necessidade ontológica, se nos pautamos por valores como a verdade e a integridade.
Quem sou eu, porém, para ditar as regras do jogo na condição humana, no ser português, quando num caudal de uma vida aprontei e cometi erros crassos?
Um erro, contudo, nunca cometerei: o de balbuciar. A escrita e a linguagem são demasiado valiosas para serem esbanjadas. Não importa se lido por 1 ou 1 milhão.
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