Naquele dia não tencionava ir àquele café.
Fui levantar o visto e disseram-me que só o podiam entregar às 12h.
Tinha o tempo contado para estudar.
Cruzei-me com uma senhora velhinha muito querida, perguntei-lhe onde havia uma papelaria para encadernar o meu trabalho; respondeu-me: acho que aqui não há, no entanto, vá ao café “Careca” e vai ver que vai gostar, vá… sente-se um pouco e divirta-se.
Agradeci a amabilidade e entre sorrisos e despedidas, despedi-me da velhinha tão bonita… e fui.
Estava longe de te encontrar e encontrei-te.
Oiço a tua voz onde quer que vá
Na serra
Nos candeeiros
Entre todas as linhas que eram tortas
Entranhada na terra com raízes de fogo
E de repente também tu és eu