Perante a morte (e é de mortes que se trata, de pessoas, animais e vegetais) o assunto porventura mais relevante não é o rolar de cabeças de ministros, autarcas, presidentes de junta e senhores feudais, nem decerto o escutar das nossas doutas cabeças facebookianas pensantes e indignadas. Ele será talvez: como evitar aquilo que quase sempre é um acto premeditado, de mão criminosa, e não um deflagrar irado da mãe natureza? Como aplicar sanções criminais se é quase sempre de que crime que se trata? Crime de pirómanos, crime de negligentes, crime de caciques atrás de negócio chorudo no rescaldo da bonança.
Um conceito solidário (pela música, a poesia, a missiva sensível ou sensata) é belo enquanto dele nasce um efeito de fraternidade à luz baça de um rasto de fumo de mortalhas. Diante do horror, o belo não é a palavra em falta. A palavra justa e necessária, impregnada de triste metáfora por honra de quem esgrime à mangueirada, a palavra certa é combate.
Contra quem fogos atiça e com fogo mata.